JESS-PORTAL DA NOTÍCIA – EDIÇÃO 3.359-SINDESP.ORG.br
VARÍOLA DOS MACACOS COVID-19
As confraternizações de fim de ano promovidas por entidades públicas, particulares e familiares devem provocar sérias discussões sobre o medo de contrair o COVID. Neste ano, aliás, um novo vírus se soma ao cenário: o do Ceará MONKEYPOX. Mas quais os riscos dessas infecções no atual cenário. Um dos indicadores mais importantes para identificar a circulação do CORONAVÍRUS em Fortaleza e no Ceará é a taxa de positividade de testes, ou seja, a proporção de exames realizados que deram positivo. Na primeira semana de dezembro, o índice ultrapassou 40% no Ceará: dos 18 mil testes feitos, mais de 4 mil (42%) constataram a infecção por COVID. Já na capital, dos quase 2.500 exames, 1.270 (52%) positivaram. Os dados são do Integra SUS, da Secretaria Estadual da Saúde (SESA). De 8.473 testes de COVID já foram feitos no Ceará na última semana, entre 11 e 15 de dezembro. Do total, mais de 4,4 mil atestaram a presença do CORONAVÍRUS. Já a MONKEYPOX, doença menos repercutida entre os cearenses, soma 607 casos confirmados até agora, dos quais 450 são em Fortaleza. O pico de infecções ocorreu em setembro, mas novos registros continuam aparecendo. A incidência da MONKEYPOX, porém, está em queda, segundo da SMS. Ele lembra ainda que “tivemos muitos casos, mas a maioria se resolveu sem grandes complicações”. “A exceção são os pacientes que têm imunodepressão, que podem desenvolver infecções secundárias. Houve parte importante da transmissão sexual, outra por contato com pele. QUINTA ONDA DE COVID REGRIDE – Observa que a quinta onda de COVID “foi mais curta, principalmente em virtude de a maioria da população estar vacinada, mas também pela imunidade natural”. O pico da atual leva de casos ocorreu na transição entre novembro e dezembro – e que, agora, “casos e positividade estão em queda” na capital. Nas aglomerações e festas de fim de ano em geral, evidentemente há um aumento do contato entre pessoas, o que pode representar um crescimento de casos. Mas como estamos próximo ao Natal e a positividade tem caído, é possível que o impacto das festas não seja tão relevante. “Em Fortaleza e no Ceará como um todo a positividade ainda está acima de 50%. Testes positivos são sinal de que há gente se contaminando. O número é muito alto, ainda, o que nos deixa não tão otimistas”, lamenta. Nesse cenário, ficamos preocupados com a aproximação do final do ano, se as confraternizações vão causar aumento de casos ou óbitos, já que nesse período os mais jovens encontram mais os idosos, que são vulneráveis. A testagem continua sendo importante quando há um contexto em que a pandemia não terminou. Se tem sintomas gripais, respiratórios, é importante que procure uma unidade de saúde, identifique a causa e tome os cuidados necessários. “Testar é sempre muito importante, porque a pessoa começa a observar sinais de agravamento, muda de comportamento, se isola e evita transmitir pra outras. COMO PREVENIR AS DOENÇAS NO FIM DE ANO – As recomendações para prevenção da COVID são repetidas à exaustão desde 2020, mas é sempre relevante reforçar: “tentar fazer o uso mais rigoroso possível de máscaras e evitar aglomerações e locais fechados, sem ventilação”. Outro aspecto fundamental, que tem sido tratado com desatenção por milhares de cearenses, é a vacinação completa contra o CORONAVÍRUS, principalmente entre bebês e crianças. Temos que aumentar a cobertura vacinal infantil, é uma questão central. Além disso, praticar as medidas de distanciamento e uso de máscaras. E esperar a vacina bivalente, que provavelmente terá uma eficácia maior em relação às SUBLINHAGENS da ÔMICRON. No caso da MONKEYPOX, o uso de camisinhas não protege completamente, mas é sempre indicado. O importante mesmo é estar atento a lesões de pele que chamem atenção e podem ser tratadas, a maioria em região digital e perianal.
Fonte: DIARIO DO NORDESTE