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JESS-PORTAL DA NOTÍCIA – EDIÇÃO- 6.095 –SINDESP.ORG.BR

ECONOMIA

A inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou março em 0,51%, o que mostra perda de força, já que em fevereiro o índice tinha marcado 1,48%. Em 12 meses, o acumulado chega a 5,20%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão revelou ainda que a chamada inflação oficial, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,56% em março. A diferença entre os dois índices é que o INPC apura a inflação para as famílias com renda de até cinco salários mínimos. Já o IPCA, para lares com renda de até 40 salários mínimos. Atualmente o mínimo é de R$ 1.518. – PRESSÃO DE ALIMENTOS – No INPC de março, os produtos alimentícios exerceram a maior pressão no bolso dos brasileiros, subindo 1,08%, o que representa impacto de 0,27 ponto percentual (p.p.), ou seja, mais da metade do índice.

COMO SE COMPORTARAM OS GRUPOS DO INPC EM MARÇO: –Alimentação e bebidas: 1,08% – Habitação: 0,21% – Artigos de residência: 0,21% – Vestuário: 0,46% –  Transportes: 0,26% – Saúde e cuidados pessoais: 0,44% -Despesas pessoais: 0,70% – Educação: 0,08% – Comunicação: 0,19% – REAJUSTE DE SALÁRIOS O INPC influencia diretamente a vida de muitos brasileiros, uma vez que o acumulado móvel de 12 meses costuma ser utilizado para cálculo do reajuste de salários de diversas categorias ao longo do ano. – O salário mínimo, por exemplo, leva o dado de novembro no seu cálculo. O seguro-desemprego, o benefício e o teto do INSS são reajustados com base no resultado de dezembro. QUANTO CUSTA PRODUZIR UMA MOEDA — OU UMA NOTA — NO BRASIL? –   

Imprimir e cunhar dinheiro custa dinheiro. Em 2022, o Brasil gastou R$ 702 milhões com a fabricação de cédulas e moedas, com o custo da nota variando entre 18 a 68 centavos, e a moeda de 12 a 34 centavos. O valor varia de acordo com o tipo, tamanho e material da peça. No caso das moedas, além do custo do metal, há também o transporte, armazenamento e o desafio logístico da distribuição em um país como o Brasil. Entre as moedas, a mais cara é a de R$ 0,25, que custa R$ 0,34 para ser fabricada. Já a de R$ 0,05 tem custo de R$ 0,12 — ou seja, o custo de produção representa mais que o valor de face da moeda. Já as moedas de R$ 1,00 saem por cerca de R$ 0,29, o que ainda é vantajoso, considerando que elas duram décadas em circulação. As cédulas, por outro lado, têm um custo de produção bem menor, proporcionalmente. A nota de R$ 2,00 custa R$ 0,25, e a de R$ 100,00 custa R$ 0,44 — apenas R$ 0,15 a mais do que uma moeda de R$ 1,00. Isso porque o papel é mais leve e mais barato de imprimir.  No fim das contas, produzir dinheiro envolve escolhas econômicas. Por isso, o Banco Central estuda periodicamente a viabilidade de manter certas moedas em circulação. E isso ajuda a explicar por que o R$ 0,01 já saiu de cena, e outras peças podem seguir o mesmo caminho. O GOVERNO BRASILEIRO APONTOU RISCOS mais altos para o financiamento da sua dívida pública à frente em função da maior parcela da dívida exposta à variação da taxa de juros, e destacou a necessidade de consolidação fiscal para mudar esse cenário.  O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 enviado ao Congresso, o governo projetou que 62,1% da dívida pública federal é sensível à alteração de juros de curto prazo neste ano, nível mais alto da série iniciada em 2008, e que reflete o que considera o “risco de repactuação” da dívida. A estimativa era de que esse percentual seria de 56,6% em 2025.