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H3n2 Darwin: Pesquisador Fala Sobre O Vírus Influenza Em Circulação No País

JESS-PORTAL DA NOTÍCIA EDIÇÃO 2.574 –SINDESP.ORG.BR

 O aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no último trimestre deste ano tem atraído atenção para uma velha conhecida da humanidade. A gripe, como é chamada popularmente, tem gerado surtos regionais pelo país impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo A(H3N2), batizada de Darwin. A primeira identificação da nova cepa no país foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (ioc/fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C.

Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves. O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e YAMAGATA. Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadigas A cepa Darwin (recém-descoberta na Austrália) faz parte do tipo A (H3N2). Nos últimos meses, ela contribuiu para um aumento de casos de gripe em um período atípico no Brasil – que, assim como os países do hemisfério sul, possui uma circulação maior do vírus influenza no inverno (entre julho e setembro). De acordo com Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC, o grande número de pessoas infectadas com o vírus da gripe também é resultado da combinação de uma circulação reduzida do vírus influenza em 2020 com a baixa adesão à campanha de vacinação desse ano. O pesquisador lembra que os cuidados para evitar o contágio e a transmissão da gripe são os mesmos que a população têm usado para frear a transmissão da COVID-19. “Distanciamento social, evitar aglomerações, uso de máscaras, higiene constante das mãos e etiqueta respiratória. São medidas que vimos que ao longo do ano passado e que provavelmente fizeram com que várias viroses respiratórias desaparecessem de circulação. E, com certeza, mitigaram a transmissão.
Fonte: FIOCRUZ