JESS-PORTAL DA NOTÍCIA EDIÇÃO 4.432-SINDSESP.ORG.BR
A campanha do mês de junho dirige-se à informação e prevenção sobre a saúde do sangue. Além de reservar um dia especialmente à importância da transfusão de sangue, o mês também traz em destaque duas das condições mais frequentes relacionadas ao sistema sanguíneo: a anemia e a leucemia. A anemia, apesar de muito frequente, ainda continua sendo um tema que traz muitas dúvidas à população. Já no caso da leucemia, ainda que menos frequente, também merece destaque por se tratar do principal câncer maligno da infância. As HEMOGLOBINOPATIAS podem ser estruturais, quando a hemoglobina produzida não funciona da forma adequada (ex.: doença falciforme), ou de produção, quando há uma redução na taxa de produção de hemoglobinas (ex.: TALASSEMIAS). Os sinais e sintomas da anemia variam de acordo com a intensidade do comprometimento de cada paciente e da doença que está por trás de cada caso. Em geral, uma pessoa “anêmica” pode apresentar um conjunto de sintomas que refletem a baixa quantidade disponível de glóbulos vermelhos na circulação sanguínea, configurando a chamada síndrome anêmica: fadiga, falta de ar aos esforços e/ou em repouso, palpitações, claudicação, sonolência e confusão mental.
A HEMOGLOBINOPATIA mais conhecida é a doença falciforme, que possui a anemia como o principal sinal da doença. A resolução da anemia, quando feita a curto prazo, pode ser feita pela reposição de sulfato ferroso, de vitaminas e por meio da transfusão sanguínea, mas elas possuem indicações muito específicas e não podem ser generalizadas. É importante reforçar e destacar que a anemia é apenas um sinal de que existe uma doença e que, portanto, necessita de uma investigação da causa que resultou na anemia. A leucemia é o câncer mais frequente em crianças e um dos mais comuns no mundo, com uma estimativa de 10.180 novos casos no Brasil em 2020 (dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA). Caracteriza-se como uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente de origem exata desconhecida. Ela pode ser classificada em relação à velocidade de evolução (aguda ou crônica) e pelo tipo celular predominantemente afetado (LINFOIDE OU MIELOIDE).
SINAIS E SINTOMAS DA LEUCEMIA – O acúmulo de células defeituosas e o funcionamento inadequado da medula óssea podem levar a sintomas muito variados de acordo com o tipo e evolução da doença. Em geral, pode-se observar sintomas semelhantes à síndrome anêmica (fadiga, falta de ar aos esforços e/ou em repouso, palpitações, claudicação, sonolência e confusão mental), mas há um comprometimento mais evidente relativo à redução dos glóbulos brancos, levando a uma maior suscetibilidade a infecções frequentes, febre, gânglios linfáticos inchados (“ínguas”), perda de peso sem motivo aparente, desconforto abdominal (geralmente, pelo aumento do baço e fígado), dores nos ossos e nas articulações, entre outros.
PREVENÇÃO – Na maioria dos casos, não há um fator de risco que possa ser modificado e que, portanto, possa ser indicado como um fator cauteloso.
Os únicos fatores cientificamente comprovados que aumentam o risco de desenvolver a doença foram a exposição à radiação ionizante (em procedimentos médicos como radioterapia) e ao benzeno (substância encontrada na gasolina, na fumaça do cigarro e utilizado na fabricação de plásticos, lubrificantes, borrachas, tintas, detergentes, medicamentos e agrotóxicos).
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – Por se tratar de um câncer, a detecção em sua fase inicial é fundamental para que haja uma maior chance de tratamento. No entanto, não há evidência científica que justifique a realização do rastreamento de leucemias na infância e, em geral, a investigação ocorre somente quando houver suspeita clínica. Em boa parte dos casos, ocorre na infância e o diagnóstico é iniciado com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de acordo com cada paciente. Após a confirmação diagnóstica, diversas modalidades terapêuticas podem ser empregadas de acordo com os aspectos clínicos do paciente (idade, presença de outras doenças, capacidade de tolerar a terapia) e do subtipo da leucemia. O transplante de medula óssea não está indicado em todos os casos, mas pode ser necessário, bem como a QUIMIOTERAPIA, IMUNOTERAPIA, entre outros.
FONTES: LABORATORIOBEHRING.COM.BR E BLOG.SAUDE.MG.GOV.BR © TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS –