JESS – Portal da Notícia – Edição 2.433 – sindesp.org.br
“Golpe da Pirâmide”, “Investimento em bitcoins”, “Falso investimento”, são todas palavras-chave que fizeram parte da nuvem de buscas relacionadas aos golpes. Apesar das pessoas terem acesso à internet e estarem cada vez mais atentas, o canto da sereia, em alguns casos, é mais forte e a promessa de receita fácil, altos lucros e pouco trabalho pode seduzir quem não está tão preparado assim para lidar com as falsas promessas. A verdade é que enganar as pessoas é uma atividade que acontece desde o início dos tempos. Inteligentes mal-intencionados escolhem as suas vítimas sabiamente.
O negócio é tão sério que o nome “crime organizado” não é à toa. Já diriam os nossos avós, em outros tempos que mais parecem os dias atuais: “quando a oferta é grande o santo desconfia”. Levando em conta que, na vida, tudo é bastante difícil, o que é diferente disso deve ser digno de desconfiança. Obviamente, há casos e casos. Quando a instituição é séria, tem tradição e propõe retornos seguros, aí vale a pena. É caso de um Plano de Previdência Complementar com duplicação do investimento, por meio da contrapartida do Patrocinador sobre o aporte do Participante. Em outras palavras, é uma rentabilidade significativa praticamente imediata. De qualquer forma, você precisa estar de olhos e ouvidos abertos (e bolsos fechados) na hora de avaliar as propostas que aparentam ser muito belas que surgem à sua frente. Para isso, listamos algumas situações para permanecer com o radar ligado sempre que passar por perto. Vamos lá:
1) O lucro é alto demais? DESCONFIE!
Se fosse fácil, todo mundo tinha a vida que pediu a Deus. Investir não é fácil, mas é compensador. Por esta razão, os golpistas utilizam promessas de retornos altíssimos e, quem não tem o mínimo de conhecimento, acaba caindo. Quando receber uma cantada financeira indecorosa como essa, preste atenção se os lucros são muito maiores do que a média de mercado – é o primeiro sinal para sair correndo e investir seu rico dinheirinho em outro canto.
2) Não está na internet? DESCONFIE!
Apesar de insistirmos em perder horas acessando redes sociais e vendo DANCINHAS NOS TIKTOKS da vida, temos em mãos a maior fonte de informação da face da Terra: a internet. Antes de fechar negócio com qualquer pessoa (ou instituição), pesquise. Os dados estão disponíveis, é só buscá-los! Uma rápida olhada no Procon ou na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) já te ajudam a verificar a honestidade dos envolvidos.
3) Insistência e urgência? DESCONFIE!
Absolutamente ninguém faz negócios do dia pra noite. É a cara do golpe oferecer algo com um tom rápido e transmitindo aquela sensação de “se não fizer agora, não estará mais disponível”. O melhor a fazer é dar um passo pra trás e reavaliar a oportunidade até ter certeza de que o que está sendo oferecido é idôneo. Propostas realmente muito boas não combinam com desespero.
4) Luxo, riqueza e poder? DESCONFIE!
Se, na hora de fechar o investimento, os argumentos são itens de ostentação, utilizados estrategicamente para criar necessidades – muitas vezes que você, na verdade, nem tem – é válido parar e pensar. Seja pessoa física ou pessoa jurídica, a oferta descabida de produtos e situações deste tipo (como um belo iPhone ou até aquele cruzeiro dos sonhos) já é um sinalizador de golpe.
5) Pediu Pix? DESCONFIE!
A ferramenta Pix, nascida há pouco e já utilizada amplamente pela população, é um grande alvo dos golpistas. Esse tipo de pagamento, que cai na hora na conta das pessoas, é um prato cheio que, combinado com a sensação de urgência no fechamento das negociações, pode ser uma grande armadilha de urso – ou de peixe, levando todas as suas ricas notinhas de cem reais. Evite. Só realize transações financeiras quando tiver certeza da procedência.
Já deu pra entender que a palavra da vez é DESCONFIAR, não é? Desconfie, sempre. Procure instituições que tenham histórico, tradição e força no mercado. Afinal, é do seu dinheiro e do seu futuro que estamos falando. Não dá pra ficar na mão de qualquer um.
Fonte: capef