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Parkinson

JESS-PORTAL DA NOTÍCIA –EDIÇÃO 3.508-SINDESP.ORG.BR

A doença de Parkinson é a segunda patologia NEURODEGENERATIVA mais frequente na população. É estimado que o quadro acometa cerca de 150 a 200 pessoas a cada 100 mil habitantes, podendo atingir até 3,3% dos idosos que possuam mais de 65 anos. A doença é caracterizada pela rigidez em BRADICINESIA, roda dentada, tremor de repouso e rigidez muscular, sendo o primeiro o sintoma mais importante, pois quando associado com pelo menos um dos pontos descritos, indica suspeita da condição. Porém, tremores isolados dificultam o diagnóstico, pois os sinais iniciais de Parkinson podem ser confundidos com o quadro de tremor essencial, representando um desafio para o médico, já que ambas às condições possuem cursos clínicos e abordagens terapêuticas diferentes. Estudos histopatológicos apontam que cerca de 25% dos indivíduos são diagnosticados com doença de Parkinson erroneamente. Esse número cai para 10% quando diagnosticado por um neurologista especialista em distúrbio de movimentos. Este alto índice ocorrem devido à diagnósticos incertos, especialmente nas fases iniciais da doença, quando os sinais e sintomas não são expressivos. Dados da doença de Parkinson. Embora a doença se faça mais presente em pessoas com mais de 80 anos, a patologia pode afetar indivíduos com idade inferior, como apontam os dados: 0,4% das pessoas > 40 anos,1% das pessoas ≥ 65 anos,10% das pessoas ≥ 80 anos

PESQUISA COM US TRANSCRANIANO NA DOENÇA DE PARKINSON – Os estudos com ultrassonografia TRANSCRANIANA na doença de Parkinson se iniciaram em 1995. Os investigadores observaram nos pacientes com a patologia um aumento da ECOGENICIDADE no local da substância negra MESENCEFÁLICA (SN) – essa condição se faz presente na maioria dos casos de doença de Parkinson idiopática e indica comprometimento funcional do sistema dopaminérgico NIGROESTRIATAL. Desde então, o US TRANSCRANIANO vem sendo estudado em diversos países e há uma elevada quantidade de estudos demonstrando sua importância no diagnóstico diferencial de doenças com sintomas parkinsonianos. – VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO US TRANSCRANIANO – Ao investigar a doença de Parkinson, o US TRANSCRANIANO possibilita ao médico: Não utilizar sedação; Inocuidade; Princípio físico diverso; Tempo de exame; Praticidade; Disponibilidade; Relativo baixo custo. Em contrapartida, o método pode oferecer algumas barreiras como: Dependência da janela óssea; Má visualização fora da linha média; Dependência da experiência do examinador. Diagnóstico da doença de Parkinson com US TRANSCRANIANO.  O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico. Exames de imagem são complementares na investigação e não podem ser analisados isoladamente, a confirmação do quadro é obtida pela demonstração da perda de neurônios dopaminérgicos ricos em NEUROMELANINA na substância negra (SN) PARS compacta no mesencéfalo, associada aos corpos de LEWY nos remanescentes dos neurônios MESENCEFÁLICOS. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são métodos amplamente utilizados na investigação de pacientes com suspeita de Parkinson, porém, não conseguem identificar anomalias cerebrais. Em contrapartida, com o US TRANSCRANIANO é possível verificar alterações morfológicas e funcionais na composição química das estruturas cerebrais e os distúrbios de movimentos relacionados que podem acarretar nas alterações na ECOGENICIDADE. Ao utilizar o método no diagnóstico da doença de Parkinson pela área ecogênica, o médico consegue obter acurácia de 88%, sensibilidade 85,7% e especificidade 89,7%.

FONTE: educa – CETRUS