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QUEDAS DE IDOSOS

JESS-PORTAL DA NOTÍCIA EDIÇÃO 4.477-SINDESP.ORG.BR

QUEDAS ENTRE IDOSOS SÃO COMUNS: COMO PREVENIR E EVITAR A AGRAVIDADE

As quedas costumam estar mais presente em dois momentos da vida —quando aprendemos a caminhar e quando somos idosos. No início, estamos aprendendo a controlar nossos movimentos, experimentando. Já para quem ultrapassou os 60 anos, idade que é considerada, no Brasil, o divisor de águas para a popularmente chamada “terceira idade”, as causas são outras. Estima-se que há uma queda para um em cada três indivíduos com mais de 65 anos e que um em 20 daqueles que sofreram uma queda sofram uma fratura ou necessitem de internação. Dentre os mais idosos, com 80 anos ou mais, 40% cai a cada ano. Dos que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de quedas é de 50%.  “Os idosos acabam perdendo um pouco o controle NEUROSSENSORIAL que adquirimos com o crescimento. Quando criança, desenvolvemos o equilíbrio. Com o passar da idade, o perdemos. Há também um atraso da conexão cerebral com o músculo (controle neuromuscular). Por isso, os idosos caem mais”. Contudo, especialistas afirmam que é possível evitar quadros de queda através da prevenção, de ferramentas que auxiliam a segurança do idoso e de alguns cuidados médicos periódicos. O QUE FAZ CAIR?  –  Os idosos caem por vários motivos, mas os principais são a fraqueza da musculatura, a perda de sensibilidade por distúrbio neurológico —como consequência de doenças crônicas, por exemplo—  a diminuição da qualidade da visão e da audição ou até mesmo o efeito colateral de alguns remédios. A queda é mais perigosa com o avanço da idade, se comparado a acidentes envolvendo pessoas jovens, pelo fato de acarretar maiores complicações. O idoso normalmente já tem alguma perda de massa óssea, o que facilita fraturas. A queda para um idoso pode ocasionar quadros graves, como perda da funcionalidade, necessidade do uso de órteses, como bengala ou andador e, em casos extremos, deixar o paciente acamado e levar a quadros de tromboembolismo venoso, lesões por pressão (as chamadas “escaras”), infecções e até a morte. Também existe um lado psicológico importante envolvendo o problema. “Após uma queda é muito comum que os idosos sintam medo de cair novamente. Desenvolvendo esse pânico ou medo, ele acaba se limitando cada vez mais e se isola”. PERDA ÓSSEA É FATOR CRUCIAL –As mulheres caem mais do que os homens, porém a queda masculina costuma ser mais grave, trazendo desfechos piores. “Uma explicação plausível é a de que as mulheres, por terem menor nível de estrógenos em comparação às mulheres jovens, têm mais osteoporose do que os homens, que mantém a proteção da testosterona ao longo da vida. Porém, quando os homens têm osteoporose denota-se maior gravidade e, portanto, as quedas nesses pacientes costumam ter piores desfechos”.  O acompanhamento da saúde dos ossos é muito importante na fase mais avançada da idade adulta, uma vez que ossos mais fracos resultam em mais quedas e consequências mais graves. As fraturas mais graves que o idoso pode apresentar são a de fêmur e o traumatismo CRANIOENCEFÁLICO. Sobre o fêmur, existe uma elevada mortalidade do idoso depois de fraturá-lo. Como é uma condição bastante delicada, o risco de mortalidade também envolve o período pós-operatório do quadro. “A fratura de fêmur é uma grande complicação para o idoso pelo tempo de imobilismo. Isso interfere na qualidade geral da musculatura e também na capacidade cardiorrespiratória, além do risco de embolia pulmonar. Devido à idade, dificilmente os pacientes se recuperam 100%. DÁ PARA PREVENIR, SIM! Exames periódicos de visão são importantes para minimizar o risco de queda na terceira idade. Outro ponto é realizar atividade de fortalecimento muscular, como a musculação ou PILATES, e atividade aeróbica de baixo impacto. Os exercícios na água são interessantes também, assim como trabalhos de equilíbrio executados por fisioterapeutas. Fazendo exercícios orientados por um profissional capacitado, o idoso sempre terá benefício na qualidade muscular e mobilidade. O ideal é que a casa do idoso seja adaptada. Retirar potenciais obstáculos (tapetes, por exemplo) é uma saída mais simples, mas também é possível instalar barras de apoio em banheiros, instalar pisos aderentes e usar sapatos fechados atrás e bem amarrados. MEDIDAS DE PREVENÇÃO: Evitar tapetes soltos; Escadas e corredores devem ter corrimão nos dois lados; Usar sapatos fechados com solado de borracha; Colocar tapete antiderrapante no banheiro; Evitar andar em áreas com piso úmido; Evitar encerar a casa; Evitar móveis e objetos espalhados pela casa; Deixar uma luz acesa à noite, para o caso de precisar se levantar; Esperar que o ônibus pare completamente para você subir ou descer; Utilizar sempre a faixa de pedestre; Se necessário, usar bengalas, muletas ou outros instrumentos de apoio.

Os idosos são como livros cheios de conhecimento, carregando em cada capítulo histórias repletas de experiência e sabedoria