JESS-PORTAL DA NOTÍCIA – EDIÇÃO 4.222-SINDESP.ORG.BR
Vacinação contra a dengue no SUS deve acontecer em todo o país a partir de fevereiro
O Brasil foi o primeiro país a incorporar ao sistema público de saúde uma vacina contra o vírus da dengue. O imunizante QDENGA entrou para o Sistema Único de Saúde em dezembro de 2023 e o estado de Mato Grosso do Sul foi o primeiro a oferecer as doses, por ser considerado área prioritária. De acordo com o Ministério da Saúde, as doses estarão disponíveis em outros estados a partir de fevereiro, atendendo a públicos e regiões específicas. Ministério da Saúde informou que 521 municípios de 16 estados brasileiros(Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins) considerados preferenciais receberão lote inicial de vacinas, com 712 mil doses além do Distrito Federal, foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença.Os casos de dengue tiveram aumento de 170% se comparadas as três primeiras semanas de janeiro de 2023 e 2024: de 44,7 mil para 120,8 mil
QUEM PODERÁ TOMAR A VACINA DA DENGUE? – V acina foi aprovada pela Anvisa para todos de 4 a 60 anos, independentemente de histórico de infecção prévia, ou não, pela dengue. Porém, na rede pública, foi definido um público-alvo mais restrito neste ano devido ao quantitativo limitado de doses. Crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, compõem o público-alvo da imunização. De janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada. A QDENGA tem uma eficácia de 69,8% contra o DENV-1, 95,1% contra o DENV-2 e DENV-3 contra o 48,9%. Nos casos de hospitalização por dengue confirmada laboratorialmente, a eficácia foi de 84,1%. O esquema vacinal da QDENGA é composto por duas doses, com intervalo de 90 dias entre cada uma.
Quem já teve dengue também deve se vacinar para evitar novas infecção ou, em caso de contágio, sintomas mais leves. Além disso, nessas pessoas, é esperada uma resposta melhor ao imunizante. As contraindicações da QDENGA são as mesmas para as vacinas feitas a partir de vírus vivo, ou seja, não deve ser tomada por gestantes e lactantes e pessoas com imunodeficiência.
COMBATE À DENGUE: CONHEÇA AS DICAS PARA EVITAR A DOENÇA – Janeiro e fevereiro não são apenas sinônimos de verão, mas também das doenças sazonais e de lembrar da prevenção à dengue. Acredita que simples ações podem ajudar no combate a essa doença que assombra milhões de pessoas anualmente, mas que, com ações coordenadas, podemos erradicar. Vamos explorar algumas medidas básicas para mantermos o mosquito Aedes aegypti bem longe de nossas vidas.
Conscientização e Educação – A informação é a nossa principal arma no combate à dengue. Conhecimento sobre os sintomas, formas de transmissão e prevenção é essencial para a conscientização da população. Converse com amigos, familiares e leve a conscientização a todos, para que entendam a importância de agir agora. Eliminação de Criadouros – O mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, procria em água parada. Portanto, é vital eliminar qualquer recipiente que possa acumular água em nossos lares e comunidades. Vasos de plantas, pneus velhos, recipientes plásticos e até mesmo tampinhas de garrafas podem se tornar criadouros. Faça uma vistoria em sua casa regularmente e contribua para a erradicação desses focos. -. Uso de repelentes e roupas adequadas – Além de cuidar do ambiente, é fundamental proteger a si mesmo. O uso de repelentes, como os de citronela, principalmente durante os períodos de maior atividade do mosquito, é uma medida eficaz. Roupas que cobrem a maior parte do corpo também são recomendadas, reduzindo as áreas de exposição e minimizando as chances de picadas. – Engajamento comunitário – A luta contra a dengue não é uma batalha individual, mas sim um esforço coletivo. Encorajamos todos a se envolverem em ações comunitárias. Compartilhe informações, participe de mutirões de limpeza e esteja atento aos seus vizinhos. Juntos, podemos criar uma barreira eficaz contra a proliferação do mosquito. – Apresente-se comprometido na campanha de combate à dengue. Nossa missão vai além de oferecer cuidados médicos; queremos construir comunidades saudáveis e resistentes. Ao adote práticas preventivas e promovermos a conscientização, esteja pavimentando o caminho para um futuro livre da ameaça da dengue.
Lembre-se, a responsabilidade é de todos nós. Vamos agir AGORA para preservar a saúde de todos. Juntos, somos mais fortes no combate à dengue! Para espalhar essa ideia e se informar mais sobre o assunto, baixe a cartilha “Guia Básico da Dengue”.
O QUE É DENGUE? É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um vírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti infectado.
Quem é o agente causador? É um ARBOVÍRUS do gênero FLAVIVÍRUS, pertencente à família FLAVIVIRIDAE, sendo conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.
QUEM É O AGENTE TRANSMISSOR? São CULICÍDEOS do gênero Aedes, sendo que Aedes aegypti é o principal vetor de dengue no mundo. Entre outros vetores de menor importância epidemiológica estaria o Aedes ALBOPICTUS, vetor de manutenção da doença na Ásia, porém ainda não foi registrada transmissão de dengue nas Américas, onde Aedes aegypti não estivesse presente. A fonte de infecção e reservatório vertebrado é o homem.
COMO SE DÁ A TRANSMISSÃO DA DENGUE? A transmissão se dá pela picada do mosquito fêmea infectado. O ciclo se dá da seguinte forma: homem infectado com vírus da dengue – Aedes aegypti – homem sadio. A doença só acomete a população humana.
QUAL É O PERÍODO DE INCUBAÇÃO – DA DOENÇA? No homem: após ter sido picado por um mosquito infectado, a pessoa apresenta sintomas da doença depois de um período que pode variar de 03 a 15 dias, sendo em média de 05 a 06 dias. Existem pessoas que não apresentam sintomas, tendo portanto, a forma assintomática de Dengue.
No mosquito: ao picar uma pessoa que apresenta vírus da dengue no sangue, o mosquito se infecta e após um período de aproximadamente 10 dias, está apto a transmitir a doença para outras pessoas.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS? Início súbito com febre intensa, dor de cabeça, dores fortes nos olhos, na musculatura e nas juntas, podendo surgir erupções na pele. As formas mais graves da doença são as formas hemorrágicas que acometem pele, tecidos subcutâneos e trato intestinal podendo levar ao choque e ao óbito. Apenas o acompanhamento médico pode avaliar se o doente vai desenvolver formas graves da doença, portanto é importante procurar atendimento junto a área de saúde quando suspeita-se de dengue; até aquelas pessoas que apresentam apenas um ou outro dos sintomas mencionados, mesmo que sejam leves ou brandos devem fazê-lo. Além disso, é importante que os casos suspeitos e/ou confirmados de dengue sejam notificados às autoridades sanitárias municipais que desencadearão medidas de controle da doença.
O QUE É PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE? É o período em que o indivíduo pode passar a doença para o mosquito.
Começa um dia antes do aparecimento dos sintomas e vai até o 6º dia da doença, período em que o vírus está presente no sangue (VIREMIA).
QUAL É A SUSCEPTIBILIDADE E A IMUNIDADE À DENGUE? A susceptibilidade aos quatro sorotipos do vírus da dengue é universal. A imunidade é permanente e duradoura para o sorotipo que causou a infecção, ou seja, os infectados, por exemplo, pelo sorotipo 1 são imunes em relação a este para toda a vida, mas podem ser infectados por qualquer um dos outros três sorotipos, e nesta situação o risco de dengue hemorrágico aumenta.
QUAL É O DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO? O diagnóstico compreende exames clínicos, exames laboratoriais e investigação epidemiológica. Não existe medicamento específico, o tratamento é apenas sintomático. Não há vacina, portanto, as medidas de controle baseiam-se na adoção de cuidados diários de eliminação de criadouros do mosquito transmissores na vigilância de casos suspeitos de dengue.
A CARTILHA “GUIA BÁSICO DA DENGUE”. – FONTE
Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo – Superintendência de Controles- de Endemias (SUCEN). Manual de Atividades para Controle dos Vetores de Dengue e Febre Amarela, Controle Mecânico e Químico, 1993, 1ª edição.
Apresentaremos outras informações essenciais sobre o assunto em novas reportagens.