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Recebemos do nobre professor Paulo Tadeu Sampaio de Oliveira, comunicador social, teatrólogo, poeta, folclorista, carnavalesco, fundador do MARACATU VOZES ÁFRICA, especialista e defensor da cultura negra e do carnaval de Fortaleza (CE), a magnífica informação sobre a atraente exposição, nessa época de momo, do Maracatu Vozes no SHOPPING, RIO MAR KENNED , além rico arquivo sobre a hexacampeã do carnaval cearense que surge para ser destaques.
A grande nação cultural há dois anos, por causa da pandemia, não está presente na divina passarela da Domingos Olímpio(José Bonifácio) mas nunca sairá de nossas indeléveis memórias.
EU PEÇO AGÔ, MAS NÃO PEÇO LICENÇA, EU SOU NEGRO, ÍNDIO E QUILOMBOLA – Com mais de 42 anos em atividade, tudo começou quando intelectuais, escritores, poetas, folcloristas e carnavalescos, sob liderança do jornalista Paulo Tadeu Sampaio de Oliveira, decidiram criar o Vozes da África. A data de fundação era representativa: 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. O nome do grupo também era simbólico, porque fazia relação com o poema homônimo de Castro Alves, que trata sobre as violências e as condições precárias que os negros enfrentaram durante a escravidão. Na primeira apresentação pública, conquistou o título de campeão do carnaval de rua da capital cearense.
O tema do desfile era “ALQUATUNE, a Princesa Africana”, que contava a história da princesa africana que foi escravizada no Brasil e, posteriormente, virou uma importante líder quilombola no Quilombo dos Palmares. Ela, que foi avó materna de Zumbi dos Palmares, consolidou um espaço de resistência com seus conhecimentos estratégicos e políticos. A agremiação participou de eventos em outras regiões do Brasil, como Brasília, Recife, São Luís e Florianópolis. O grupo ainda foi para países estrangeiros, como Uruguai, Paraguai, Espanha, Bélgica e Finlândia.
Em 2005, por exemplo, representou o País no “Festival DES FOLKLORES DU MONDE”, na França, e se consagrou como o único maracatu cearense a se apresentar no exterior. O objetivo é, portanto “quebrar preconceitos”, Ao levar a manifestação cultural de origem afro-brasileira para outros lugares e extrapolar os limites do Carnaval, reafirma as tradições que valorizam os negros.